domingo, 27 de junho de 2010

letra de canção

rocío y llovizna

ojos de luna, ojos de luna
atardeciendo tus ojos n’el mar

luna dormida en la vidriera de mi pecho
ojos de luna, tus ojos despiertos en mi sueño

verdes hondos ojos de hojaldre
huelen a higuerones sinfines
huéspedes en lo alto de las rocas
disuelven la escarcha a mil violines

y amanece el día en fin
el olvido en mis ojos
de rocío y llovizna...

luna dormida en los desiertos de mi pecho
ojos de luna, tus ojos flotando en mi sueño

húmedos balcones de insomnio
que me atrapan y a mi pensamiento
hierba musgo dos lentejuelas
a quitar la edad a lo que siento

y amanece el día en fin
en el silencio de mis ojos
de rocío y llovizna...

sábado, 19 de junho de 2010

voltando aos fins de semana - essa é daquelas!

BANAL IDADE

PARA A CRIANÇA
IDADE REAL
REAL IDADE
DE BRINCAR IDADE
NÃO, NÃO SE FAZ CARIDADE
DEIXE BRINCAR A CRIANÇA

PARA O ADULTO
IDADE DENSA
DENSIDADE
DE VIVER IDADE
RESPONSABILIDADE
DEIXA-SE VIVER A ADULTO

PARA O JOVEM
IDADE BANAL
BANAL IDADE
DE NÃO SER IDADE
NÃO SER I(E)DADE
NÃO SE DEIXA SER BANAL O JOVEM

(QUE BUSCA, SEM O SABER,
SENTIDO PARA NÃO SER SIMPLESMENTE
“ENTREMEIO” ENTRE CRIANÇA E ADULTO)


BANALIDADE
TODA JUNTA EM FAMÍLIA
ASSUNTOS INVISÍVEIS
PERFURAÇÕES,
SILÊNCIOS...

MORTE DE CADA SER
MORTE NO INCESTO TÁCITO CONJUNTO
NAS PALAVRAS QUE SE MORDEM
MAL SE ESCUTAM

MORTE DOS SENTIDOS
NAS PALAVRAS
UMA POR UMA
ESVAZIADAS
EM CADA PONTA DE GARFO

QUEM MORRE?
O QUE MORRE NO AJUNTAMENTO FAMÍLIA?
SE A CARNE VIVE,
ROBUSTA PELA CARNE PÚTRIDA?

COME-SE A MORTE
ANIMAL QUE EXPIROU
MAS ANTES EXPERIMENTOU
A VIDA
DA ERVA, NOS PRADOS...

COME-SE O MORTO, VIVE-SE O GOSTO
DA MORTE NA LÍNGUA

PREENCHE-SE COM O MORTO
O ESTÔMAGO FAMINTO
DE VIDA

HERDA-SE A ERVA
VAI-SE PRA TERRA MESMA

O QUE FICA?
DO AJUNTAMENTO COMUNICATIVO FAMÍLIA?

O QUE FICAM SENÃO AS PALAVRAS DITAS?
QUE PASSAM AOS FILHOS, NETOS, BISNETOS
DESCENDÊNCIA?

PALAVRAS QUE PASSAM, SOBREVIVEM AOS MORTOS,
REMANESCEM NOS VIVOS
VIVAS, IMPALPÁVEIS PALAVRAS...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

serviço (incompleto)

Malu Magalhães (essa aí de baixo)
Sábado, no Teatro da PUC, em Ctba
só ver o horário.

delícia, queria um dia fazer um som com ela

domingo, 6 de junho de 2010

a um poeta, ou seja, a todos

o que se diz a um poeta
se diz a um âmago incandescente
se lança como seta
em sua dor de ser ausente

dor de poeta
dor indiscreta
de se antecipar ao vulcão
de antever-se nos olhos
de quem sente,
e sentir por todos
em apenas um...

assim te digo, poeta
o quanto te sinto a reverberação
palavras nossas que se escrevem
e pelo dia nosso nos perseguem

onde estamos senão nessas composições?

quarta-feira, 2 de junho de 2010