por que diabos me veio essa palavra?!
não importa.
importa que posso desmembrá-la
em "cor" e "aragem"
e já me vem a imagem
das pradarias ao vento
e já para lá sou transportada
no tapete mágico da memória
das histórias, das gravuras...
dos livros de infãncia.
a cor da aragem era gris
de um cinzento mui claro.
era aragem prata fosca
a dissipar-se no vento
coragem, galera!
ao mar, galera. a navegar!
o ano novo traz essa aragem do bem
essa nova era que se anuncia
"de gente fina elegante e sincera"
coragem!
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
tremoço
na falta de grandes acontecimentos
grandes emoções
novos amores
novas teorias
vou brincando com as palavras
começo a escrever
a partir da primeira palavra que me vem
assim como Teodora, Realeza...
hoje me veio "Tremoço"
que diabo é isso?
um cereal.
ora, eu tinha cá comigo essa intuição
desse cereal se faz um doce
(eu tinha o doce em minha vaga lembrança)
eu tenho a lembrança
feita de palavras
doces, azedinhas
e faço poemas com elas
faço doce de poemas...
e ainda que eu saiba
que o amargo é tão necessário
como os outros sabores
(faz bem ao fígado, ao coração...)
nas palavras não o aprecio
deixo as palavras amargas
e suas histórias
para o simples registro da memória
registro neutro, sem afeto, sem dor.
e aproveito a memória das boas lembranças
- doces e azedinhas -
na culinária dos poemas
e o salgado, é claro, deixo para o mar
onde minha lembrança insiste em vagar...
querem um doce?
; )
grandes emoções
novos amores
novas teorias
vou brincando com as palavras
começo a escrever
a partir da primeira palavra que me vem
assim como Teodora, Realeza...
hoje me veio "Tremoço"
que diabo é isso?
um cereal.
ora, eu tinha cá comigo essa intuição
desse cereal se faz um doce
(eu tinha o doce em minha vaga lembrança)
eu tenho a lembrança
feita de palavras
doces, azedinhas
e faço poemas com elas
faço doce de poemas...
e ainda que eu saiba
que o amargo é tão necessário
como os outros sabores
(faz bem ao fígado, ao coração...)
nas palavras não o aprecio
deixo as palavras amargas
e suas histórias
para o simples registro da memória
registro neutro, sem afeto, sem dor.
e aproveito a memória das boas lembranças
- doces e azedinhas -
na culinária dos poemas
e o salgado, é claro, deixo para o mar
onde minha lembrança insiste em vagar...
querem um doce?
; )
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Realeza
as vogais que se alternam na palavra
e mudam a forma da boca
e movem nosso maxilar
continuamente
as consoantes fazendo o atrito
ronronam, zumbem
tocam a língua nos dentes
de repente,
ceceam
tornam reais
(ambas)
pensamentos abstratos
pacatos,
silenciosos...
fazem ruído, repente
repentino
fazem desatino,
som de pente com seda
coceira nos lábios
gaitinha improvisada
as vogais, as consoantes
antes do novo pensamento
concretas no som
reais,
no tom e semitom
no vermelho chinês
do batom
antes da saliva
framboesa
somos nós.
e mudam a forma da boca
e movem nosso maxilar
continuamente
as consoantes fazendo o atrito
ronronam, zumbem
tocam a língua nos dentes
de repente,
ceceam
tornam reais
(ambas)
pensamentos abstratos
pacatos,
silenciosos...
fazem ruído, repente
repentino
fazem desatino,
som de pente com seda
coceira nos lábios
gaitinha improvisada
as vogais, as consoantes
antes do novo pensamento
concretas no som
reais,
no tom e semitom
no vermelho chinês
do batom
antes da saliva
framboesa
somos nós.
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